A Igreja Assembléia de Deus
"Pouco tempo depois,
Gunnar Vingren participou de uma convenção de igrejas batistas, em Chicago. Essas
igrejas aceitaram o Movimento Pentecostal. Ali ele conheceu outro jovem sueco
que se chamava Daniel Berg. Esse jovem também fora batizado com o Espírito
Santo.
Após uma ampla troca de informações, experiências e idéias,
Daniel Berg e Gunnar Vingren descobriram que Deus os estava guiando numa mesma
direção, isto é: o Senhor desejava enviá-los com a mensagem do Evangelho a
terras distantes, mas nenhum dos dois sabia exatamente para onde seriam
enviados.
Algum tempo depois, Daniel
Berg foi visitar o pastor Vingren em South Bend. Durante
aquela visita, quando participavam de uma reunião de oração, o Senhor lhes
falou, através de uma mensagem profética, que eles deveriam partir para pregar
o Evangelho e as bênçãos do Avivamento Pentecostal. O lugar tinha sido
mencionado na profecia: Pará. Nenhum dos presentes conhecia aquela localidade.
Após a oração, os dois jovens foram a uma biblioteca à procura de um mapa que
lhes indicasse onde o Pará estava localizado. Foi quando descobriram que se
tratava de um estado do Norte do Brasil”.Extraído do livro História das Assembléias de Deus, Emílio Conde - CPAD
No início do século XX, apesar da presença de imigrantes alemães e suíços de origem protestante e do valoroso trabalho de missionários de igrejas evangélicas tradicionais, nosso país era ainda quase que totalmente católico.
A origem das Assembléias de Deus no Brasil está no fogo do
reavivamento que varreu o mundo por volta de 1900, início do século 20,
especialmente na América do Norte.
Os participantes desse reavivamento foram cheios do Espírito Santo
da mesma forma que os discípulos e os seguidores de Jesus durante a Festa
Judaica do Pentecostes, no início da Igreja Primitiva (Atos cap. 2). Assim,
eles foram chamados de “pentecostais”.
Exatamente como os crentes que estavam no Cenáculo, os precursores
do reavivamento do século 20 falaram em outras línguas que não as suas
originais quando receberam o batismo no Espírito Santo. Outras manifestações
sobrenaturais tais como profecia, interpretação de línguas, conversões e curas
também aconteceram (Atos cap. 2).
Quando Daniel Berg e Gunnar Vingren, chegaram a Belém do Pará, em
19 de novembro de 1910, ninguém poderia imaginar que aqueles dois jovens suecos
estavam para iniciar um movimento que alteraria profundamente o perfil
religioso e até social do Brasil por meio da pregação de Jesus Cristo como o
único e suficiente Salvador da Humanidade e a atualidade do Batismo no Espírito
Santo e dos dons espirituais. As igrejas existentes na época – Batista de Belém
do Pará, Presbiteriana, Anglicana e Metodista, ficaram bastante incomodadas com
a nova doutrina dos missionários, principalmente por causa de alguns irmãos que
se mostravam abertos ao ensino pentecostal. A irmã Celina de Albuquerque, na
madrugada do dia 18 de junho de 1911 foi a primeira crente a receber o batismo
no Espírito Santo, o que não demorou a ocorrer também com outros irmãos.
O clima ficou tenso naquela comunidade, pois um número cada vez
maior de membros curiosos visitava a residência de Berg e Vingren, onde
realizavam reuniões de oração. Resultado: eles e mais dezenove irmãos acabaram
sendo desligados da Igreja Batista. Convictos e resolvidos a se organizar,
fundaram a Missão de Fé Apostólica em 18 de junho de 1911, que mais tarde, em
1918, ficou conhecida como Assembléia de Deus.
Em poucas décadas, a
Assembléia de Deus, a partir de Belém do Pará, onde nasceu, começou a penetrar
em todas as vilas e cidades até alcançar os grandes centros urbanos como São
Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.
Em virtude de seu fenomenal crescimento, os pentecostais começaram
a fazer diferença no cenário religioso brasileiro. De repente, o clero católico
despertou para uma possibilidade jamais imaginada: o Brasil poderia vir a
tornar-se, no futuro, uma nação protestante.
O que é a Assembléia de Deus
A Assembléia de Deus é uma comunidade protestante, segundo os princípios da Reformada Protestante pregada por Martinho Lutero, no século 16, contra a Igreja Católica. Cremos que qualquer pessoa pode se dirigir diretamente a Deus baseada na morte de Jesus na cruz. Este é um relacionamento pessoal e significativo com Jesus. Embora sejamos menos formais em nossa adoração a Deus do que muitas denominações protestantes, a Assembléia de Deus se identifica com eles na fundamentação bíblica-doutrinária, com exceção da doutrina pentecostal (Hebreus 4.14-16; 6.20; Efésios 2.18).
A Assembléia de Deus é uma igreja evangélica pentecostal que prima
pela ortodoxia doutrinária. Tendo a Bíblia como a sua única regra de fé e
prática, acha-se comprometida com a evangelização do Brasil e do mundo,
conformando-se plenamente com as reivindicações da Grande Comissão.
A doutrina que distingue as Assembléias de Deus de outras igrejas
diz respeito ao batismo no Espírito Santo. As Assembléias de Deus crêem que o
batismo no Espírito Santo concede aos crentes vários benefícios como estão
registrados no Novo Testamento. Estes incluem poder para testemunhar e servir
aos outros; uma dedicação à obra de Deus; um amor mais intenso por Cristo, sua
Palavra, e pelos perdidos; e o recebimento de dons espirituais (Atos 1.4,8;
8.15-17).
As Assembléias de Deus crêem que quando o Espírito Santo é
derramado, ele enche o crente e fala em línguas estranhas como aconteceu com os
120 crentes no Cenáculo, no Dia de Pentecoste. Embora esta convicção
pentecostal seja distintiva, a Assembléia de Deus não a tem como mais importante
do que as outras doutrinas (Atos 2.4).
O seu Credo de Fé realça a salvação
pela fé no sacrifício vicário de Cristo, a atualidade do batismo no Espírito
Santo e dos dons espirituais e a bendita esperança na segunda vinda do Senhor
Jesus. Consciente de sua missão, a Assembléia de Deus não prevalece do fato de
ter, segundo dados do IBGE (Censo 2000), mais de oito milhões de membros.
Apesar de sua força e penetração social, optou por agir profética e
sacerdotalmente. Se por um lado, protesta contra as iniqüidades sociais, por
outro, não pode descuidar de suas responsabilidades intercessórias.Sua estrutura Administrativa
As igrejas Assembléias de Deus atuam em cada lugar sem estarem ligadas administrativamente à uma instituição nacional. A ligação nacional entre as igrejas é feita através dos seus pastores que são filiados à Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil (CGADB), com sede no Rio de Janeiro.
Em cada
Estado os pastores estão ligados à convenções regionais ou a
ministérios. Essas convenções, em geral, credenciam evangelistas e pastores,
cuidam de assuntos da liderança e de direção das igrejas. Essas convenções
operam um tipo de liderança regional entre a igreja local e a Convenção Geral.
A CGADB é dirigida por uma Mesa Diretora, eleita a cada dois anos numa Assembléia Geral. Para várias áreas de atividades da Assembléia de Deus a CGADB tem um conselho ou uma comissão. Desta forma, existem o Conselho Administrativo da Casa Publicadora (CPAD), o Conselho de Educação e Cultura Religiosa, o Conselho de Doutrinas, o Conselho Fiscal, o Conselho de Missões, a Secretaria Nacional de Missões (SENAMI), e a Escola de Missões das Assembléias de Deus (EMAD).
O Compromisso com a Proclamação da Palavra de Deus
Sendo uma comunidade de fé, serviço e adoração, a Assembléia de Deus não pode furtar-se às suas obrigações – proclamar o Evangelho de Cristo e promover espiritual, moral e socialmente o povo de Deus. Somente assim, estaremos nos firmando, definitivamente, como agência do Reino de Deus.
As Assembléias de Deus não são a única igreja. Deus está usando
muitos outros para alcançar o mundo para Ele. Nos cenários brasileiro e mundial
somos uma das muitas denominações comprometidas em conduzir crianças,
adolescentes, jovens e adultos a Cristo.
Nossa oração nas Assembléias de Deus é que sejamos usados por Deus
para ajudar os perdidos e propiciar um ambiente onde o Espírito Santo possa
realizar sua obra especial na vida dos que crêem.
Se você ainda não pertence à uma igreja, queremos lhe convidar a
adorar a Deus em Espírito e em verdade, numa de nossas igrejas (João 4.24).
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