CATOLICISMO E O PAPADO
"E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus" Mateus 23:9 Nesse terceiro capítulo, quero começar definindo alguns dos termos que usarei. O primeiro éPapa, que vem do Grego papas e, em Latim, papa significa pai. Esse termo refere-se ao oficial mais importante da Igreja, segundo o Catolicismo Romano. A palavra papado refere-se ao sistema de governo eclesiástico do qual o Papa é reconhecido como o cabeça suprema. A palavra papal significa do ou pertencente ao Papa. A palavra Pontífice é outro termo para Papa. A palavra Vaticano refere-se à sede do poder e da autoridade do Papa que está em Roma.
O
ofício do Papa, e tudo o que está aí relacionado, não está sustentado pela
Palavra de Deus. Esse oficio simplesmente não se encontra nela! Precisamos
estabelecer esse fato logo de início. Os únicos dois oficiais que o Senhor Jesus
estabeleceu em suas igrejas são o pastor (ou bispo ou presbítero, como também
este oficio pode ser chamado) e o diácono.
O CATOLICISMO ENSINA QUE PEDRO FOI O PRIMEIRO PAPA
O Catecismo de Baltimore, Confraternity Edition, diz, na questão # 147, "Em Sua Igreja, Cristo deu um poder especial a São Pedro, fazendo-o o cabeça dos apóstolos e o mais importante professor e administrador de toda a Igreja ... São Pedro foi reconhecido pelos primeiros Cristãos como o cabeça da Igreja".A questão # 148 continua, dizendo, "Cristo não intentava que o poder especial do mais importante professor e administrador de toda a Igreja pudesse ser exercido apenas por São Pedro, mas intentava que esse poder pudesse passar a seus sucessores, o Papa, o Bispo de Roma, que é vicário de Cristo sobre a terra e o visível cabeça da Igreja".
Por fim, a questão # 159 diz, "...O supremo poder de São Pedro na Igreja tem passado por uma linha ininterrupta de seus sucessores na Santa Sé de Roma".
O
Catolicismo reivindica que Pedro foi Bispo, em Roma, de 42 d.C. a 67 d.C. (25
anos) e então crucificado pelo imperador Nero. A reivindicação do Catolicismo de
que Pedro foi o primeiro Papa é crucial para todo o sistema Católico. A
reivindicação de ter uma origem apostólica sustenta-se ou derroca com o fato de
Pedro ter sido o primeiro Papa.
A
Palavra de Deus não ensina que Pedro foi o primeiro Papa. Ela também não ensina
que Pedro tinha autoridade sobre os outros apóstolos. A Palavra de Deus nem
sequer conta-nos que Pedro foi a Roma. O Senhor Jesus Cristo não deu a Pedro
autoridade sobre os outros apóstolos nem sobre a Igreja.
Em Mateus 20:25-27, o Senhor Jesus está corrigindo os discípulos
por procurarem posições de honra e poder sobre os outros. "Então Jesus,
chamando-os para junto de si, disse: Bem sabeis que pelos príncipes dos gentios
são estes dominados, e que os grandes exercem autoridade sobre eles. Não será
assim entre vós; mas todo aquele que quiser
entre vós fazer-se grandeseja vosso serviçal; e, qualquer
que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso
servo".
Quem presidiu a única conferência das igrejas primitivas em
Jerusalém, em Atos 15:13-21? Não foi Pedro. Foi Tiago! Pedro não falou primeiro,
nem reivindicou o direito da direção e nem deliberou o veredicto final. Em Atos
8:14, encontramos Pedro, juntamente com João, sendo
enviado pelos apóstolos a
Samaria para cuidar de alguns assuntos. Pedro não está enviando aqui. Ele está
sendo enviado. Essa é certamente uma indicação de que Pedro não era superior aos
outros apóstolos.
Pedro
foi repreendido e corrigido pelo apóstolo Paulo em Gálatas 2:11-21, portanto
Pedro obviamente não era superior a Paulo, como o Catolicismo reivindica. Pedro
não teve primazia sobre Paulo.
Nesse assunto é importante que descubramos exatamente o que Pedro
reivindicou para si? Quando nos voltamos ao Novo Testamento, constatamos que
Pedro nunca reivindicou supremacia sobre a Igreja ou sobre os outros apóstolos.
Pedro nunca reivindicou ser o Papa. Em I Pedro 5:1, reivindicou ser presbítero
entre presbíteros. Chama a si mesmo de presbítero, não Papa. "Aos presbíteros,
que estão entre vós, admoesto eu, que sou também
presbíterocom
eles...".
No
versículo 3, Pedro continua instruindo aos pastores a não terem domínio sobre as
igrejas. "Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus...". E, em I Pedro
2:25, Pedro diz que Cristo é Pastor e Bispo das almas, não ele mesmo, nem algum
Papa! "Porque éreis como ovelhas desgarradas; mas agora tendes voltado ao Pastor
e Bispo das vossas almas".
Numa ocasião em que as pessoas tentaram prostrar-se em adoração a
Pedro, ele recusou tal adoração. Atos 10:25-26 diz, "E aconteceu que, entrando
Pedro, saiu Cornélio a recebe-lo, e, prostrando-se a seus pés o adorou. Mas
Pedro o levantou, dizendo: Levanta-te,
que eu também sou homem". Essa é uma atitude
contrária a dos Papas, que se sentam sobre o trono em suas coroações e são
adorados pelos Cardeais ajoelhados, e que beijam suas mãos direitas e seus
pés.
Pedro
nunca menciona Roma em nenhuma de suas cartas no Novo Testamento. Isso é
realmente estranho se Pedro foi o primeiro Bispo de Roma e o primeiro Papa. Em I
Pedro 5:13, Pedro diz àqueles a quem está escrevendo: "A vossa co-eleita em
Babilônia vos saúda...".A fim de tentar reafirmar o ensinamento de que Pedro foi Papa de Roma, o Catolicismo diz que Babilônia nesse caso é uma referência obscura a Roma. Numa nota introdutória sobre o livro de I Pedro, a Versão Fraterna da Bíblia da Igreja Católica diz, "O lugar da composição é dado como Babilônia...uma designação obscura à cidade de Roma". Pedro nunca foi metafórico nem apocalíptico naquilo que escreveu. Pelo contrário, foi direto, na verdade, quase rude, naquilo que tinha a dizer. A Babilônia que Pedro menciona aqui é literalmente a cidade Babilônia, no Rio Eufrates, e Pedro está simplesmente dizendo que o eleito da Babilônia manda recordações aos Judeus Cristãos a quem Pedro estava escrevendo. Babilônia aqui não é mais obscura do que "...Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia", a quem Paulo endereça sua carta em I Pedro 1:1. Em Apocalipse 17:5, Roma é chamada Babilônia, mas Apocalipse é um livro apocalíptico, com uma linguagem muito figurativa e simbólica, enquanto que I Pedro não o é. As cartas neotestamentárias de Pedro não são nem endereçadas a Roma nem partem de Roma.
O
que Paulo tem a dizer sobre o fato de Pedro ser o primeiro Papa e Bispo de Roma?
Em todas as suas 14 cartas, Paulo nunca menciona que Pedro seja o Bispo de Roma
ou que Pedro esteja em Roma. Paulo escreveu sua epistola à igreja de Roma em 58
d.C. O Catolicismo reivindica que nessa mesma época em que Paulo escreveu à
igreja de Roma, Pedro era Bispo ou Pastor lá. Mesmo assim Paulo não fez nenhuma
menção sequer de Pedro no livro aos Romanos.
Em
Romanos 1:11, Paulo diz aos membros da igreja de Roma, "Porque desejo ver-vos,
para vos comunicar algum dom espiritual, a fim de que sejais conformados". Tal
afirmação teria soado de forma rude e insultada para Pedro se ele fosse pastor
lá há dezesseis anos, como ensina o Catolicismo. Em Romanos 16:3-16, Paulo manda
recordações especiais a vinte e seis pessoas da igreja de Roma individualmente,
nome por nome, mas não menciona Pedro.
Em outras epístolas neotestamentárias que Paulo envia de Roma, ele
manda recordações a dezessete indivíduos, nome por nome, mas nunca menciona Pedro. Se Pedro estava em Roma
quando Paulo escreveu de Corinto à igreja que estava lá, ou quando Paulo
escreveu de Roma para Colossos, Éfeso, Filipos e para Filemom, Timóteo e Tito,
por que não menciona Pedro uma vez sequer? Paulo não menciona Pedro em suas
cartas à igreja de Roma ou em suas cartas de Roma PORQUE PEDRO NÃO ESTAVA LÁ,
NEM NUNCA TINHA ESTADO LÁ!
A
história de Lucas sobre as igrejas primitivas, no livro de Atos, descreve o
trabalho de Pedro em Jerusalém, Samaria, Lida, Jope, Cesaréia e Antioquia, mas
não diz uma palavra sobre Pedro estar em Roma. Uma vez que Paulo entra em cena,
Lucas dá pouca atenção a Pedro em sua história, no livro de Atos. Isso não faz
sentido se Pedro era superior a Paulo, sendo Papa sobre ele. Apenas uma tradição
posterior, e não a Palavra de Deus ou a história, localiza Pedro em Roma.A maioria dos historiadores não-católicos concordam que Gregório I ou Gregório o Grande, como ele é conhecido na história, foi o primeiro Papa que reinou como "bispo universal". Gregório reinou como o primeiro Papa de 590 a 604 d.C.. Isso ocorreu muito, muito tempo depois que Pedro já tinha saído de cena, na verdade, cerca de seis séculos. A primazia de Pedro sobre a Igreja não é um conceito bíblico. Tudo o que se refere a Pedro como Papa permanece como lenda e tradição. Nada disso vem da Palavra de Deus.
O CATOLICISMO ENSINA QUE O PAPA É O VERDADEIRO VICÁRIO DE CRISTO SOBRE A TERRA E, PORTANTO, O CABEÇA DA IGREJA
O
termo vicário significa substituto ou representante. Nossa
palavra vigário está relacionada a ela. Nosso Senhor Jesus Cristo foi o
substituto e representante dos seus eleitos em sua vida perfeita e justa, e em
sua morte sofredora e sangüenta de cruz.
O Catecismo de Nova York diz, "O Papa ocupa o lugar de Jesus Cristo
na terra ... por direito divino o Papa tem poder amplo e supremo, em relação à
fé e às morais, sobre todo e qualquer pastor e seu rebanho. Ele é o
verdadeiro vicário de Cristo, o
cabeça de toda a
Igreja, pai e professor de todos os cristãos.
É o governador infalível, aquele que funda dogmas e autor e juiz de conselhos; o
governador universal da fé, árbitro do mundo, supremo juiz de todos, não sendo
julgado por ninguém. É o próprio Deus sobre a terra".O Papa João XXIII disse em sua coroação, em Novembro de 1958, "Ninguém pode entrar no aprisco de Jesus Cristo se não for guiado pelo Supremo Pontífice. Os homens só podem chegar à salvação quando estão unidos a ele, isso porque o Pontífice Romano é o Vicário de Cristo e Seu representante na terra".
Se realmente o Papa é Vicário de Cristo sobre a terra, deveria
haver muita similaridade entre os dois, mas isso não é realmente constatado
quando observamos a Palavra de Deus. Cristo usou uma coroa de espinhos, o Papa usa uma coroa tríplice incrustada de
jóias. Cristo disse, "Meu reino não é deste mundo", o Papa reivindica soberania espiritual e temporal
no mundo. Cristolavou os pés dos
discípulos, exibindo um espírito de humildade digno a ser imitado por seus
seguidores, o Papa apresenta o seu pé para ser beijado e requer
genuflexões e que se ponham de joelhos aqueles que tem audiências com ele. Cristo era pobre e humilde, tanto que não tinha
nenhum lugar para sequer deitar sua cabeça, mas a riqueza material do Papa é de bilhões.Cristo disse: a ninguém na terra chameis vosso pai,
porque um só é o vosso Pai, o qual está no céus, mas o Papa requer que todos o chamem de Santo Pai e
seus padres sentem-se insultados se as pessoas não os chamam padres. Cristo viveu uma vida pura e
modesta, muitos Papastêm vivido vidas notoriamente imorais e
pecaminosas.
O
verdadeiro vicário de Cristo sobre a terra não é o Papa, mas o Espírito
Santo.Em João 14:26, o Senhor Jesus está falando aos seus discípulos os preparando para quando Ele for para o céu e, nessa mesma ocasião Ele fala do Espírito Santo quando diz: "Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito". Devido ao trabalho do Espírito Santo no mundo, o ofício do Papa como Vicário de Cristo não é necessário nem desejável.
O Catolicismo diz que o Papa é o cabeça da Igreja. Um Catecismo de Doutrina, de Thomas
L. Kinkead, diz, na questão # 496, "Nosso Santo Pai, o Papa, o Bispo de Roma, é
o Vicário de Cristo sobre a terra e o visível
cabeça da Igreja". O Catecismo de Baltimore, diz, na
questão # 280, "... o Papa, como sucessor do mais importante dos apóstolos, São
Pedro, tem o direito de criar leis para a Igreja Universal. O Pontífice Romano
tem ampla ... e imediata jurisdição sobre a Igreja universal".
Entretanto, o Papa não é o cabeça da igreja como reivindica ser. A
Palavra de Deus diz que Cristo é o cabeça da Igreja! Efésios 5:23 afirma
claramente, "Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a
cabeça da igreja...". Efésios 1:22-23 diz que
Cristo é o cabeça sobre todas as coisas da igreja. Deus "sujeitou todas as
coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da
igreja, que é o seu corpo, a plenitude
daquele que cumpre tudo em todos". Colossenses 1:18 diz que Cristo, sozinho,
deve ter preeminência na igreja. "Eele (Cristo) é a cabeça do
corpo, da igreja; é o princípio e o
primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha preeminência".
As reivindicações do Catolicismo em relação ao Papa são nada mais
do que blasfêmias. Isso é certamente parte da razão pela qual nossos
antepassados Batistas fizeram fortes afirmações em relação ao Papa na Confissão
de Fé da Filadélfia, de 1743. "O Senhor Jesus Cristo é o cabeça da igreja, no
qual, pelo desígnio do Pai, todo poder para a chamada, organização, ordenação ou
governo da igreja está investido de maneira suprema e soberana, nem o Papa de
Roma pode, de forma alguma, ser o cabeça dela, porque ele é ninguém
outro senão o anticristo, o homem do pecado e filho da
perdição, o qual exalta a si mesmo na igreja,
contra Cristo e tudo o que se chama Deus, quem o Senhor destruirá com o
esplendor da Sua vinda".
O
ensinamento Católico de que o Papa é Vicário de Cristo sobre a terra e cabeça da
Igreja também inclui o poder e a autoridade do Papa sobre os governos seculares
desse mundo. OCatecismo de Baltimore diz, na questão # 162, "O Papa, como cabeça
suprema da Igreja, não pode corretamente estar sujeito a nenhum poder secular da
terra. A presente posição do Papa como cabeça da cidade do Vaticano mostra ao
mundo que ele e seu lar não estão sujeitos a outros poderes seculares".O mais autoritário de todos os credos Católicos é a afirmação do Conselho de Trento, que diz, em relação ao Papa, "Ele tem todo o poder sobre a terra ... Todo o poder secular é dele; o domínio, jurisdição e governo de toda a terra é dele por direito divino. Todos as autoridades da terra são suas súditas e devem submeter-se a ele".
A
Igreja Católica ensina que a coroa tripla que o Papa usa simboliza sua
autoridade no céu, na terra e no inferno. A posição de Dono do mundo não foi o
que o Diabo ofereceu a Cristo e a qual Cristo o respondeu, Vai-te,
Satanás?
Jesus
Cristo disse que seu reino não é desse mundo e se recusou a exercer uma
autoridade mundana. O Papa, entretanto, é uma autoridade mundial, um reizito com
seu próprio território, sistema jurídico, sistema monetário, serviço postal e
corpo de guarda militar. Ele reina sobre o Vaticano, uma nação dentro da cidade
de Roma, cobrindo um território que é aproximadamente 1/4 de 1 quilômetro, com
uma população de mil pessoas e outros 2000 empregados. Essa nação envia
embaixadores a outras nações, assim como também recebe embaixadores de outras
nações. Em Mateus 17:24-27, o Senhor Jesus Cristo pagou os impostos de Pedro,
uma indicação de que Pedro era sujeito a autoridade civil e não o
contrário.
Vejamos
algumas perguntas importantes que todas as pessoas pensantes devem fazer: Por
que a Palavra de Deus não nos fala que Ele iria mandar o Papa como Vicário de
Cristo? Por que o Catolicismo quer que o Papa seja nosso professor em vez do
Espírito Santo? Por que a Palavra de Deus não nos fala que Pedro é o cabeça da
igreja? Por que o Catolicismo quer que o Papa seja o cabeça da Igreja em vez de
Jesus Cristo?
O CATOLICISMO PREGA A INFALIBILIDADE PAPAL
Infalível significa incapaz de cometer erro e, quando aplicado ao Papa, significa que em certas circunstâncias o Papa não comete erros. Veja o que o Dicionário Católico diz, na página 29, sobre a infalibilidade do Papa. "Infalibilidade papal significa que o Papa não erra quando fala ex cathedra, isto é, quando fala como pastor e professor de todos os Cristãos, ele circunscreve doutrinas concernentes à fé e às morais a serem seguidas por toda a igreja".
Tudo
o que o Papa diz e requer quando fala ex cathedra deve ser considerado como tendo a mesma
autoridade que a Palavra de Deus ou, na verdade, mais autoridade. Ninguém pode
questionar o que o Papa diz ex
cathedra porque nessa situação ele
é infalível, incapaz de cometer erros.
Bem,
Pedro certamente não era infalível! O Senhor repreendeu Pedro severamente por
causa do seu ponto de vista sobre o sofrimento de Cristo, em Mateus 16:22-23.
Quando o Senhor estava sendo provado, Pedro praguejou e jurou e negou-o três
vezes (Mateus 26:69-75). Anos mais tarde, Paulo repreendeu Pedro por causa de um
erro espiritual de Pedro, em Gálatas 2:11, onde Paulo diz, "E, chegando Pedro à
Antioquia, lhe resisti na cara, porque era repreensível". Você pode imaginar
alguém repreendendo o Papa atual dessa forma?
Pedro
nunca reivindicou ser infalível! Em lugar nenhum o Novo Testamento ensina nem
sequer deixa isso implícito que algum homem é infalível. Na história, as cismas
papais, quando vários papas governaram ao mesmo tempo, aniquilaram qualquer
idéia de infalibilidade papal.
A
Grande Cisma de 1378-1417 abriu caminho para o rompimento entre as facções
italiana e francesa da Igreja Católica. Nesse conturbado período, ambas as
partes elegeram um Papa. Passou a haver, então, dois Papas, um em Roma e outro
em Avignon, França. Cada Papa pronunciava anátemas e maldições de Deus ao outro.
Foi formado um Conselho da Igreja em Pisa, em 1409, para resolver as coisas. O
conselho votou a deposição de ambos os Papas e elegeram Alexandre V como Papa.
Mas ambos os Papas depostos recusaram o rebaixamento e a Igreja passou a ter
três Papas. Quais dos Papas eram infalíveis, vendo que trabalharam uns contra os
outros?
A
iniqüidade e a imoralidade dos Papas destrói qualquer reivindicação à
infalibilidade. O Papa Alexandre VI, que governou de 1492-1503, tinha muitas
amantes. Sua favorita era uma mulher que já tinha sido esposa de três maridos
sucessivos. Ela deu a luz a alguns filhos a Alexandre que o Papa reconheceu
abertamente como seus filhos. A infame Lucrecia Borgia foi a filha favorita do
papa. Alexandre, na verdade, comprou o ofício de Papa para si e foi acusado de
ter matado o marido de uma de suas amantes. Todas essas informações estão na
Enciclopédia Britânica que eu possuo.
O
efeito da doutrina da infalibilidade do Papa sobre o Catolicismo é que ela
elimina o pensamento e a consciência individual e destrói o espírito de
independência. Ela bloqueia o caminho que conduz à aquisição do verdadeiro
conhecimento da Palavra de Deus e da salvação. Ele conduz a multidão a enxergar
muito mais o Papa do que a Cristo.
Tudo
o que a Palavra de Deus tem a dizer é que ninguém senão Cristo é infalível! A
revelação de Deus nas Escrituras é o único guia infalível que os cristãos têm.
"À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não
há luz neles", diz Isaías 8:20.
Em
seu livro Batistas e Suas
Doutrinas, B. H. Carroll disse aos cristãos, em relação à autoridade
infalível, "O Novo Testamento é a lei da Cristandade. O Novo Testamento é toda a
lei da Cristandade. Todo o Novo Testamento é a lei da Cristandade. O Novo
Testamento sempre será a lei da Cristandade".
A
Palavra de Deus é a única regra de fé e ordem e o Espírito Santo é o único
interprete infalível da Palavra de Deus. O único Vicário infalível de Cristo
sobre a terra é o Espírito Santo.
CONCLUSÃO
Em Mateus 23:9, o Senhor Jesus diz, "E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus". Nem Pedro e nem os outros apóstolos nunca foram tratados como Santo Pai, Sua Santidade, Papa ou Nosso Santíssimo Senhor!Somente Deus é santo, diz Apocalipse 15:4! Santo e tremendo é o nome de Deus, diz Salmos 111:9. Em João 17:11, em Sua grande oração intercessora, o Senhor Jesus refere-se a Deuscomo "Pai Santo"! Somente Deus é santo e, de acordo com Isaías 42:8, Deus não divide sua glória com ninguém! "Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei...". Autor: Laurence A. Justice
Tradução: Albano Dalla Pria 05/01
Revisão: Calvin G. Gardner 12/01
Fonte: palavraprudente.com.br
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